segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Empresa têxtil de êxito dá apoio a Concurso Empreender e Inovar (CEI) na União Europeia


O Concurso Empreender e Inovar (CEI) na União Europeia, uma iniciativa conjunta do jornal ‘Correio do Minho’, rádio ‘Antena Minho’, Centro de Informação Europe Direct de Barcelos (CIED Barcelos) e do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA), conta com um parceiro ‘de peso’: a Pizarro, SA, a par da Primavera BSS e da Porminho.
O empreendedorismo e a inovação são as palavras-chave deste concurso destinado a premiar as melhores ideias de negócio dos jovens. A Pizarro SA é uma das empresas que apoia este concurso, pois também o seu projecto é construído nessa mesma base.

Nascida em 1993, a Pizarro SA logo se tornou conhecia pela sua inovação, que a torna num dos centros de moda mais referenciados pelos melhores estilistas e designers de moda de todo o mundo. É uma das líderes mundiais em acabamento, lavandaria, tinturaria e estampamento são alguns dos serviços que a empresa pode oferecer aos seus clientes.

Instalada em Brito, Guimarães, a empresa tem 30 anos de história, 650 colaboradores, 34 mil m2 de área, executa 50 mil peças por dia, faz quatro novos processos a cada seis meses, duas colecções por ano e labora 24 horas por dia. Por todos estes motivos e muitos mais, a Pizarro SA juntou-se aos parceiros do Concurso Empreender e Inovar na UE, que tem como padrinho o eurodeputado José Manuel Fernandes.

“Decidimos dar o nosso apoio a este concurso da União Europeia desde a primeira hora porque tem como grande objectivo inovar e mostrar aos jovens o que temos em Portugal para ir ao centro da Europa mostrar as inovações e o empreendedorismo que eles têm”, sublinhou Vasco Pizarro, da Pizarro SA.

Vasco Pizarro explica que “o apoio da Pizarro surge naturalmente numa nova estratégia de comunicação da empresa que já foi imposta há alguns anos. Queremos virar-nos mais para os jovens e aproximar a indústria da óptica teórica da vertente universitária e escolar”. “Surgindo a possibilidade de patrocinar este concurso que tem um objectivo ainda maior, ou seja, algo europeu e algo que projecta Portugal para a Europa, a Pizarro SA aceitou o desafio com todo o gosto e honra”.

A inovação é também uma aposta, e mais do que isso, uma verdadeira arma da empresa Pizarro SA. “Hoje em dia temos a inovação como algo natural e algo diário a atingir. O meio onde estamos inseridos - o mundo têxtil - é altamente competitivo, não só em Portugal, mas no mundo inteiro. E, para fazermos aquilo que nós fazemos exige uma paixão e um know how que tem que ser trabalhado e aprimorado todos os dias e para isso dedicamos grande parte da nossa equipa a criar processos novos”, confessou o empresário têxtil.

“Um dos grandes objectivos em cada colecção que lançamos a cada seis meses é ter sempre algum processo novo e alguma inovação - um conceito que tem trazido muito bons frutos, porque os próprios clientes ficam já em antecipação, já querem e esperam sempre algo novo da nossa empresa”, frisou.

Porque o estreitamento de laços com os mais novos é hoje uma prioridade para a empresa, a Pizarro SA lançou também o Concurso Paulo Ribeiro - como uma homenagem ao primeiro colaborador da empresa já falecido, que consistiu em envolver várias escolas e universidades, desde logo a Universidade do Minho, o Cenatex, o Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, a Escola de Moda de Lisboa e do Porto, entre outros, com o objectivo de ter parceiros para uma maior comunicação para os seus alunos, mas qualquer pessoa no país se poderia candidatar, em que os candidatos tinham que desenvolver dois coordenados, um dos quais usando o material denim - a especialidade da empresa.

“Os 10 finalistas do concurso estão neste momento a trabalhar as suas peças na nossa empresa, ou seja, têm a um horário alargado para poderem trabalhar e passar do papel para a realidade a sua peça”, frisou o responsável, indicando que a final do concurso da Pizarro SA se disputa a 2 de Abril. “Dos 10 finalistas escolhem-se cinco, sendo o prémio uma viagem de um mês aos EUA, com duas semanas em que os alunos terão aulas com um dos melhores designers americanos”, comentou Vasco Pizarro.

O mercado aisático e o médio oriente, como o Paquistão, são sempre concorrência mas mais pela mão-de-obra barata. “A qualidade é o que realmente nos diferencia no mercado, onde se soubermos inovar será mais fácil ter êxito”.
Inovação, persistência e empreendedorismo marcam a história da Pizarro SA, que aumentou a facturação e cuja ambição é “continuar a crescer”. 

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Em Portugal está a criar-se uma ‘casa’ para startups de todo o mundo

 

A StartupToday é ela própria uma jovem empresa que tem como objetivo criar uma rede social onde outras startups podem mostrar-se: aos utilizadores, aos investidores ou aos meios de comunicação. A vinda do WebSummit para Portugal será importante para a afirmação deste projeto.


Não basta criar um bom produto ou um serviço inovador. Parte do sucesso das jovens empresas passa pela capacidade de mostrarem-se aos outros, pela forma como comunicam e posicionam os seus elementos diferenciadores.

Através das redes sociais esta é uma tarefa relativamente fácil e que não envolve muitos custos. O Facebook tem a maior audiência de todas com os seus 1,5 mil milhões de utilizadores. O LinkedIn é uma plataforma prioritária pois está mais focada na visão empresarial, sendo rei neste segmento.
Existem também alternativas especializadas no ambiente empreendedor como a AngelList, a Meetup e a Pitcheo. Então por que motivo a ideia da StartupToday é diferente?

Agora posiciona-se como uma rede social, mas a verdade é que a plataforma quer evoluir para um ecossistema de empreendedorismo. “Há propostas muito dispersas. Estamos a criar uma rede social que une muito do que está disperso e é o que faz mais sentido para as startups”, contou o mentor do projeto, Bruno Pereira, em conversa com o TeK.

Para melhor servir o seu público-alvo, o empreendedor tem falado com jovens empresas e já chegou a algumas conclusões. “A primeira lacuna é que todos são entusiastas do empreendedorismo, mas conhecem pouco de outras startups”, referiu.

Colocar as startups no mapa é outro dos objetivos da plataforma, isto é, permitir a alguém aceder à StartupToday e perceber rapidamente quantas, quais e onde estão estas jovens empresas que tanto têm dado que falar.

Bruno Pereira percebeu também que todo este entusiasmo em torno do empreendedorismo acaba por colocar à margem as pessoas ‘comuns’, o que não deve acontecer: estes são os prováveis utilizadores dos serviços que estão a ser criados e é preciso ligar um ‘fio-terra’ com os empreendedores.

Esta desmistificação é crucial pois o criador da StartupToday considera que “as empresas às vezes morrem por não ser conhecidas”.

Numa altura em que a plataforma ainda não tem duas dezenas de empresas inscritas, sobressai o facto de já ter startups da Dinamarca, Espanha, Reino Unido e Lituânia.

Até ao final do ano Bruno Pereira prevê ter duas mil startups a usar a plataforma social, número que para ser atingido vai contar com a inegável onda positiva gerada pela realização do Web Summit em Portugal.
“Vão haver muitos encontros paralelos ao Web Summit, vamos aproveitar para fazer contactos”, concluiu.
Ainda de mangas arregaçadasA StartupToday está neste momento numa fase embrionária e os internautas que fizerem o registo na plataforma por interesse e curiosidade, isto é, que não tenham propriamente uma startup, podem sentir um vazio de conteúdos.

Esta é a próxima etapa do projeto. Dentro de duas semanas vai ser lançada uma funcionalidade que permite às jovens empresas terem um mural com publicações. Ao haver conteúdo haverá motivo para os utilizadores voltarem, sendo esta uma componente importante no conceito de rede social.

Depois as restantes fases do projeto. Neste momento a StartupToday está a preparar a produção de conteúdos próprios e está a fechar parcerias com meios de comunicação para que a rede social tenha também uma componente informativa.

A relação com os media é outro dos elementos a ser explorado pela empresa de Bruno Pereira. Numa fase posterior é de esperar que uma startup que não domine tão bem o campo da comunicação recorra à ajuda da StartupToday para a criação de um comunicado de imprensa, por exemplo. E os jornalistas que acederem à plataforma vão encontrar press kits associados a cada jovem empresa, o que facilitará o contacto entre as partes se houver esse interesse.

A StartupToday está ainda a trabalhar numa componente de recrutamento - empresas vão poder contratar através da plataforma - e também de financiamento. Através destas duas áreas a empresa espera gerar uma parte das suas receitas, cobrando uma comissão pelas contratações realizadas e pelos investimentos conseguidos através da plataforma.
 

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

ACIB cria rede de mentores em empreendedorismo


A Associação Comercial e Industrial de Barcelos (ACIB) formou 20 mentores em empreendedorismo, rompendo com o conceito tradicional de empreendedorismo.
O grupo de mentores que a ACIB formou e ‘identificou’ foi apresentado, ontem, na cerimónia de entrega dos diplomas que contou com a presença do secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita.

Para João Albuquerque, presidente da ACIB, “o objectivo da rede de mentores é ir à procura do empreendedor, espicaçar o lado empreendedor e trazê-lo às respectivas instituições que podem ajudar no plano de negócios e no encaminhamento para os financiamentos. A rede vai à procura de mentores, potenciando no sítio onde ele está, seja nas escolas, no instituto da juventude, na universidade, no centro de emprego, no banco ou na santa casa da misericórdia”.

A ACIB pretende com esta rede pioneira no país, criar uma dinâmica mais pró-activa do que reactiva, dotando o mercado de trabalho de profissionais empreendedores e visionários, contribuindo para a criação de empresas e empregos qualificados. João Albuquerque acrescentou que é também objectivo do projecto que esta rede se torne ‘viral’, ou seja que estes mentores venham dar origem a mais mentores. Queremos contagiar porque um mentor numa escola pode rapidamente conseguir mais dez professores,” exemplificou.

 O secretário de Estado do Em prego elogiou o pioneirismo e a visão da ACIB em avançar com este projecto diferenciador. “Há boas razões para acreditar no sucesso da combinação entre bons projectos empresariais, boas condições de financiamento, de apoio institucional, formação de qualidade e este novo elemento inovador que a ACIB está a apostar que é a mentoria para o empreendedorismo”, afirmou Miguel Cabrita, sublinhando que “se há região empreendedora, capaz de inovação nesta matéria, esta é uma delas. A semente do empreendedorismo está bem presente no ADN da região e a criação de uma rede de mentores afigura-se com uma excelente estratégia para dinamizar todo o potencial local e regional.”

Por seu turno, o presidente da câmara de Barcelos, Miguel Costa Gomes, deixou alguns desafios ao secretário de Estado do Emprego e também ao Instituto Politécnico do Cávado e Ave (IPCA). Miguel Costa Gomes apelou a um novo olhar do governante “para a inovação e para o empreendedorismo, invertendo a tendência de saída dos jovens do nosso país. Basta de fazer de conta”, afirmou o autarca, ilustrando com os últimos dados do INE que mostram Barcelos como um dos concelhos que mais riqueza produz na região Norte. O autarca lamentou o atraso nas verbas do quadro comunitário ‘Portugal 2020’, que tem colocado muitas dificuldades às empresas. Nesta matéria, Miguel Cabrita garantiu que “o governo já está a dar sinais de começar a fazer chegar dinheiro às empresas”.

O IPCA foi também desafiado pelo edil barcelense a aproveitar estes projectos, apontando o projecto ‘Portugal Empreendedor Social’ como uma boa ferramenta para os jovens que estão hoje na sua formação superior terem uma visão de futuro do caminho que querem percorrer.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Espírito competitivo e o sucesso dos empreendedores

 

A crise económica e das finanças públicas que Portugal tem vindo a atravessar nos últimos anos teve duas consequências importantes a nível do emprego. Primeiro, o desemprego atingiu níveis historicamente altos. Segundo, o Estado perdeu parte da sua capacidade de criar emprego na economia, e, como tal, de absorver desequilíbrios no mercado de trabalho. Face a esta realidade, vários responsáveis políticos e empresariais passaram a ver no empreendedorismo uma das soluções possíveis para o problema do desemprego. Duas questões se levantam: Pode o empreendedorismo por si só criar condições para uma diminuição do desemprego? É o empreendedorismo uma solução apropriada para todos os que se encontram no desemprego?

Em relação à primeira questão, é de notar que, nas economias desenvolvidas, a taxa de actividade empreendedora (proporção de indivíduos adultos envolvidos num negócio em fase nascente ou na gestão de uma nova empresa) não costuma ultrapassar os 10% (ver dados do Global Entrepreneurship Monitor). A média da União Europeia é por exemplo 5,2%, e em Portugal é de 4,5%. Portugal teria como tal que apresentar um enorme aumento desta taxa para diminuir significativamente o desemprego. Tal não é expectável no curto, ou até mesmo no médio-prazo. Além do mais, só em países em desenvolvimento o empreendedorismo atinge valores significativos da população (acima dos 30%). No entanto, nestes países a razão para uma tão elevada taxa de empreendedorismo deve-se ao facto de não haver oportunidades de emprego noutros sectores.

Dito de outro modo, enquanto que em países em desenvolvimento os empreendedores são principalmente “empreendedores por necessidade”, em países desenvolvidos os empreendedores são maioritariamente “empreendedores por oportunidades”. Os “empreendedores por necessidade” são aqueles que se tornam empreendedores porque não têm outras alternativas de emprego, e esta actividade é para eles uma forma de “sobrevivência”. O exemplo típico é um empreendedor numa grande cidade em África, como Nairobi, que gere um quiosque de bebidas. Os “empreendedores por oportunidades” são os que estão sempre à procura de novas oportunidades de negócio, e que frequentemente se tornam empreendedores de sucesso. O exemplo típico é um empreendedor em Silicon Valley nos EUA com uma empresa de software. Neste sentido não basta promover o empreendedorismo, tem também que se criar condições para que o maior número possível de empreendedores se tornem “empreendedores por oportunidades”, porque só estes contribuem para o crescimento económico e criam emprego. Isto é especialmente relevante em Portugal, porque a primeira motivação para alguém que perde o emprego e se torna empreendedor é a “necessidade”.

Isto leva-nos à segunda questão: pode o empreendedorismo ser uma solução “one-fits-all”? A evidência empírica demonstra que os “empreendedores por oportunidades” aparentam ser “diferentes” das restantes pessoas, no que diz respeito aos traços psicológicos. Este aspecto já tinha sido destacado por Keynes, quando se referia aos “animal spirits” dos empreendedores. Segundo ele, os “animal spirits” reflectem-se no impulso que se observa nos empreendedores de sucesso em investir, procurar novas oportunidades e vencer a concorrência. Neste caso o exemplo normalmente dado nos dias que correm é o de Steve Jobs.

Num projecto sobre o empreendedorismo desenvolvido na Norwegian School of Economics analisamos a importância da vertente psicológica no empreendedorismo [1]. Neste estudo, incluiu-se empreendedores da Tanzânia pertencentes a uma instituição de microcrédito local. Este grupo é interessante porque eram todos no início do estudo “empreendedores por necessidade”. O objectivo do projecto era analisar quais destes empreendedores tinham potencial para se tornarem “empreendedores por oportunidades”, i.e. crescerem em termos de vendas, investimentos, criação de emprego e lucros. Para se medir o nível de sucesso de cada um destes empreendedores, recolheram-se dados destes ao longo de cinco anos. A alguns deles foi também oferecido treino de técnicas empresariais e um subsídio ao desenvolvimento do negócio. Aos restantes (grupo de controlo) não se atribuiu nenhum destes apoios.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Investimento de 500 mil euros em jovens empreendedores 

 

120 professores recebem formação para falar do assunto com os alunos.

 

A palavra empreendedor é cada vez mais corrente entre os portugueses, muito por culpa de um programa  televisivo em que investidores apostam num negócio que pode render milhões. Mas, segundo André Leonardo, o jovem açoriano que deu a volta ao Mundo e entrevistou mais de 120 empreendedores de diferentes países, "o empreendedor não é só aquele que cria uma empresa, é um estado de espírito".

A ideia de superar obstáculos, com inovação e criatividade, é a mensagem passada pelo autor da obra "Faz Acontecer" lançada no final de 2015, e que tem chegado a centenas de jovens através das "Conferências Teen", promovidas pela Comunidade Intermunicipal (CIM)  Viseu  Dão Lafões, até ao próximo dia 19. Nos último cinco anos, a CIM investiu 500 mil euros na promoção de empreendedorismo, por diversas iniciativas levadas a cabo pelos 14 municípios que abrangem.

"Anualmente capacitamos uma média de 120 professores. Este ano temos 129 a trabalhar no projeto e 61 escolas envolvidas", referiu José Morgado, presidente da CIM Viseu Dão Lafões. No total, são cerca de 12500 os alunos, de diferentes anos, que já tiveram contacto com o tema.

"Através da educação e formação para o empreendedorismo e da rede original de empreendedorismo de apoio a quem quer criar o seu próprio negócio", concluiu.
Investimento de 500 mil euros em jovens empreendedores 120 professores recebem formação para falar do assunto com os alunos.

Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/nacional/cidades/detalhe/investimento_de_500_mil_euros_em_jovens_empreendedores.html
Investimento de 500 mil euros em jovens empreendedores 120 professores recebem formação para falar do assunto com os alunos.

Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/nacional/cidades/detalhe/investimento_de_500_mil_euros_em_jovens_empreendedores.html
Investimento de 500 mil euros em jovens empreendedores 120 professores recebem formação para falar do assunto com os alunos.

Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/nacional/cidades/detalhe/investimento_de_500_mil_euros_em_jovens_empreendedores.html

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Comissão Europeia lança concurso para ajudar novos empreendedores

 

Vencedores do 'Elevator Pitch – Ideias que que Marcam' vão receber prémio de cinco mil euros.

 

Se quer marcar a diferença e tem uma ideia nova que acredita poder mudar o futuro, pode ser a pessoa ideal para se candidatar ao concurso 'Elevator Pitch – Ideias que Marcam', promovido pela Comissão Europeia e que visa ajudar a lançar projectos e a promover o empreendedorismo.

Até 21 de Fevereiro, os potenciais empreendedores podem candidatar-se em bolsadoempreendedorismo.pt. Carlos Moedas, Comissário Europeu da Investigação, Ciência e Inovação salienta que o concurso "pretende ajudar a consolidar ideias, com novas soluções capazes de promover o investimento, dinamizar o crescimento e a promover o emprego". Dá ainda conta que todos os candidatos "receberão uma formação para desenvolver a sua ideia e para preparar a sua apresentação de forma clara, sucinta e eficaz", e informa que aos vencedores, escolhidos a 9 de Maio, será atribuído um prémio de cinco mil euros cada.

De frisar que a formação, que terá lugar entre 7 e 11 de Março, centra-se em competências essenciais para empreendedores e em 'coaching' personalizado, que decorrerá entre os dias 11 e 16 de Abril, e inclui o acesso a uma rede de contactos de diversos parceiros e informação sobre instrumentos de apoio a nível europeu. Com a formação, os participantes ficarão aptos para, em, apenas dois minutos, conseguir motivar potenciais investidores a querer saber mais sobre o seu negócio.

O 'Elevator Pitch – Ideias que marcam' é uma das muitas iniciativas da Comissão Europeia, inseridas no objectivo daquele organismo em fazer com que a Europa volte a investir, a crescer e a criar emprego, promovendo assim o empreendedorismo de sucesso e ajudando os interessados a levar as suas ideias da fase de 'laboratório' ao mercado. É nesse contexto que foi criada a Bolsa do Empreendedorismo que envolve o maior número de entidades, instituições e pessoas que fazem parte do ecossistema do empreendedorismo em Portugal.

sábado, 13 de fevereiro de 2016

#Startups. Guia para entender o dialeto dos empreendedores  

 

Sabe o que é um "pitch"? Já ouviu falar de "business angels"? E o "seed capital", sabe para que serve? O dialeto dos novos empreendedores, formados em escolas internacionais e habituados a falar inglês todo o dia com trabalhadores, clientes e investidores, está cheio de anglicismos e de léxico saído do dicionário de economês. Eis uma pequena cábula para poder acompanhar melhor a nova vaga do empreendedorismo "made in Portugal", mas de ambição global.

Aceleradora de startups

Incubadora que promove programas de crescimento rápido das jovens empresas, geralmente de três a oito meses, apoiando-as financeiramente, oferecendo-lhes consultoria, formação e participação em eventos, recebendo em troca uma participação no capital da sociedade.

Business angel

Investidor particular que financia as startups na sua fase inicial e lhes empresta toda a sua experiência de gestão.

Exit (Saída)

Momento em que o investidor vende parte ou todas as suas ações, alienando-as aos promotores, a outro investidor ou outra empresa, ou através da cotação da empresa em bolsa.

Fundos de capital de risco

Fundos que promovem o investimento em startups, através da participação temporária no seu capital.

Incubadora de empresas

Organização que alberga e apoia as startups na sua fase inicial, ajudando-as a sobreviver e a crescer.

Pitch

É a apresentação da ideia de negócio de uma empresa, normalmente durante três a cinco minutos, com o objetivo de captar um eventual investidor.

Seed Capital

Financiamento (quase sempre pequenos montantes de capital) que se destina a desenvolver uma ideia, transformando-a num produto ou num serviço.

Séries A-B-C-D-E

As sucessivas rondas de financiamento de uma startup.

Sociedade de capital de risco

Operador financeiro que gere fundos de capital de risco.

Spin-off

Constituição de uma nova empresa por um grupo oriundo da empresa mãe, para explorar novas oportunidades de mercado.

Startup

Sociedades não cotadas em bolsa, com elevado potencial de crescimento e de valorização.

                                 EMPREENDEDOR. Miguel Santo Amaro, cofundador da Uniplaces

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

O que é o empreendedorismo?

A palavra “empreendedorismo” entrou no nosso vocabulário como se fosse a solução para todos os males.

Todos têm que saber o que esta palavra de 7 sílabas significa e todos têm que ser empreendedores!? Isto deixa uma grande parte das pessoas com a noção (errada) de que só quem cria negócios é que importa, só criando negócios é que se empreende… Mas será que todos sabem o verdadeiro significado da palavra empreendedorismo? E os que sabem o seu significado saberão quais as qualidades necessárias para se conseguir empreender com sucesso?

Uma das definições de empreendedorismo é a seguinte:

“Empreendedorismo é o processo através do qual uma ou várias pessoas agrupadas sob uma forma jurídica, após um período de maturação - preferencialmente através da elaboração de um plano de negócios, põem em marcha uma ideia de negócio.”

Pessoalmente, considero esta definição muito redutora porque o empreendedorismo não é necessariamente 100% focado nos negócios. Também tem a ver com:

1. A forma como gere o trabalho que tem que fazer no tempo que tem disponível
2. O que faz e quando faz (e talvez mais importante, o que NÃO faz)
3. A sua fonte de inspiração
4. A sua definição de objetivos.

Tendo em conta o referido acima pode-se constatar que, mesmo que não esteja nos seus planos criar uma empresa, estas capacidades de gestão irão de uma forma ou de outra impulsionar a sua carreira.

Seth Godin escreveu: "Não há falta de ideias notáveis, o que está faltando é a vontade de executá-las”.

É bem verdadeira esta frase, ser empreendedor é principalmente uma atitude pessoal face à realidade envolvente; É sair da sua zona de conforto; É uma atitude Saber-Fazer; É arriscar de forma consciente; É saber aceitar o erro como fazendo parte do processo; É criar algo diferente e com valor.

Em “Innovation and Entrepreneurship”(1985), Peter Drucker escreveu:

“Um empreendedor é alguém que procura sempre a mudança, responde-lhe e explora-a como uma oportunidade”;

“Os empreendedores Inovam. A inovação é o instrumento específico do espírito empreendedor.”

Grandes empreendedores como, Anita Roddick, Bill Gates e Soichiro Honda têm coisas em comum como:
• São movidos por um sonho grandioso e desafiador
• Prezam pela excelência pessoal e profissional
• Nunca estão satisfeitos com os resultados
• Confiam no bom senso e na simplicidade
• Concentram tempo e energia naquilo que é essencial
• Utilizam recursos e ferramentas adequadas
• Gerem os custos rigorosamente
• São mestres da perseverança e da paciência
• Aceitam o erro
• Assumem a responsabilidade pessoal pelos resultados
• Lideram pelo exemplo

Todas estas competências podem fazer parte da maneira de estar de alguém que trabalha para outro, não são exclusivas de grandes empresários. Consegue identificar alguma destas competências em si? 
Caso não consiga e se se quiser transformar num empreendedor, não desespere! Ninguém nasce empreendedor…mas qualquer um pode aprender e desenvolver as competências que o empreendedorismo exige.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Startup Europe Week passou por Portimão, mas objetivo é alargar empreendedorismo ao Algarve

 

Pode o Algarve vir a transformar-se num “Silicon Valley”? Esta foi uma das perguntas que ficou no ar, na passada sexta-feira à noite, no pequeno auditório do Teatro Municipal de Portimão, no “Start Talking About…”.
Este evento, integrado na Startup Europe Week, que foi assinalada em mais de 220 cidades europeias, juntou empreendedores da região, e não só, perante uma audiência de 160 pessoas. Falou-se sobre problemas, potencialidades e soluções para fazer da região algarvia um «ecossistema empreendedor».

Segundo Luís Correia, ele próprio um empreendedor e um dos organizadores do evento – o maior alguma vez feito na Europa, neste âmbito – «qualquer startup é um guardanapo, grande parte das startups começam assim, com uma ideia escrita no guardanapo. Mas é difícil passar do guardanapo à vida real. Há burocracia, taxas, licenças… além disso, o mercado europeu é muito diferente do mercado dos Estados Unidos, onde há um território muito grande, sem fronteiras. Na Europa, cada país tem as suas exigências, as suas leis. É isto que a “Startup Europe Week” pretende eliminar».

No “Start Talking About…” participaram André Marquet, co-fundador e presidente de Productized.co e co-fundador da Beta-i, Bruno Carlos, diretor geral da Clarnet Soho Portugal, Hugo Barros, coordenador do CRIA- Universidade do Algarve, João Saleiro, co-fundador da Boonzi.pt (software de finanças pessoais), e Ana Luís, representante da CCDR Algarve e do CRESC Algarve 2020.

Para Luís Correia, a iniciativa em Portimão «excedeu as expetativas, porque o tempo foi muito curto. Submetemos a proposta à Comissão Europeia no final de dezembro e, no início de janeiro, recebemos a resposta: “ok, podem fazer”. Tivemos menos de um mês para organizar e sempre pensámos em fazer este evento no Café-Concerto [do TEMPO], que tem 80 lugares, mas, ao fim de três dias, os lugares esgotaram. Passámos então para o pequeno auditório, colocámos a bilheteira para 180 lugares, sendo que a sala tem 160. Mas, com mais tempo, a audiência teria sido maior».

A nível do que foi discutido, Luís Correia também faz um balanço positivo. «Foi interessante, tentámos trazer pessoas de vários pontos do Algarve, à exceção do André, que é um ecosystem builder, mas que vem muitas vezes ao Algarve. Foram convidados de espetros diferentes: o CRIA é mais institucional, a CCDR gere fundos europeus e trouxemos dois empreendedores: um algarvio, mas que não está no Algarve [João Saleiro], e outro que conseguiu ter sucesso na região [Bruno Carlos]».

Esta foi uma das questões que suscitou maior debate durante a sessão. Para João Saleiro, «não existe nenhuma razão para não criar uma startup no Algarve. Há melhor qualidade de vida, a Internet é a mesma, as instalações mais baratas…».

No entanto, o fundador da Bonzi, que trabalha em Lisboa, acha que faltam duas coisas: «exemplos positivos e mindset. O fenómeno startup é novo em Portugal e é ainda mais novo aqui», considera.

É para criar este mindset que Luís Correia organizou o evento e o objetivo é alargar este tipo de iniciativas a todo o Algarve: «tudo isto começou porque criei um grupo no Facebook chamado Start Algarve. Eu costumo trabalhar no Algarve [na Popcornmetrics, startup da qual Luís Correia é co-fundador] e estava cansado de não conhecer outras pessoas e de trabalhar sozinho. Convidei algumas pessoas e rapidamente o grupo atingiu os 140 membros. Ao fim de duas semanas, fiz um meet-up e teve 17 pessoas. O primeiro foi em Portimão e já fizemos um segundo em Lagos. Vamos agora fazer um “Startup Weekend”, dentro dos próximos três ou quatros meses, e, pelo meio, vamos organizar uma série de sessões informativas e workshops para promover empreendedorismo na região», adianta.

«O que quero fazer com o grupo é abranger o Algarve todo, com eventos em Faro, Loulé Albufeira… para criar um grupo de pessoas, uma comunidade que fala a mesma língua e que está presente no Algarve inteiro», conclui.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

A Start & Go é Plataforma de Informação e Formação que tem como objetivo promover o empreendedorismo e o benchmarking de boas práticas de gestão.