sexta-feira, 24 de junho de 2016

Finalistas do concurso da Acredita Portugal apresentam projectos a investidores


Foram seleccionados os 20 finalistas da presente edição do concurso de empreendedorismo da Acredita Portugal, de entre mais de 13 mil candidaturas. Os projectos vão ser agora submetidos a uma última fase de avaliação para encontrar os vencedores que irão receber apoio especializado para a sua entrada no mercado.

Os 20 projectos finalistas da 6ª edição do concurso de Empreendedorismo da Acredita Portugal estão a preparar-se para a última fase de avaliação da iniciativa, “um 'pitch' a um júri convidado que vai permitir seleccionar as ideias vencedoras que vão levar para casa uma bolsa de serviços fornecida por parceiros de suporte à sua implementação no mercado”, afirma a organização em comunicado.

As mais de 13 mil ideias inscritas foram submetidas à ferramenta pedagógica DreamShaper, através da qual aprenderam a desenvolver o seu plano de negócio. Os projectos finalistas estão agora num período de pré-aceleração, “encontrando-se a receber acompanhamento individual pela equipa da Acredita Portugal e por especialistas que irão garantir que os projectos estão o mais preparados possível para angariar investimento e preparar a sua entrada no mercado”. Este processo culmina no dia 17 de Junho com o momento de 'pitch' ao júri e investidores. Os vencedores do concurso serão conhecidos na Gala da Acredita Portugal, que se realiza no dia 25 de Junho, em Lisboa.
Para Pedro Queiró, CEO da Acredita Portugal, “assistimos nesta edição do concurso da Acredita Portugal a um reforço da qualidade dos projectos submetidos. Os 20 finalistas seleccionados representam o espírito empreendedor que identificamos no contexto nacional, a capacidade para idealizar uma ideia inovadora e para a tornar um activo apetecível para o mercado. Neste sentido, confirmamos o desígnio desta iniciativa enquanto palco para dar visibilidade aos empreendedores portugueses”.

Os 20 finalistas integram três categorias distintas do Concurso, Realize o Seu Sonho (projectos de Comércio, Serviços e Indústria; Novas Ideias e Empreendedorismo Social), InovPortugal (Alta Tecnologia; Novas Ideias – B2B e Novas Ideias – Web & Mobile) e Brisa Mobilidade.
Aos vencedores dos concursos promovidos pela Acredita Portugal são disponibilizadas parcerias com entidades de natureza diversa, esperando que constituam as ferramentas essenciais para apoiar na fase de ‘go to market’, a par de um prémio de investimento no valor de 50 mil euros concedido a um dos finalistas por um dos parceiros da associação.

São os seguintes os finalistas do concurso: CrispyAll; Slash Creative Hair Studio; Sapateiro à porta de casa!; Malcriado ; OCTO - Sustainable Lifestyle; Casca Rija; Academia Onda Technology; ImpactTrip; Indigo Social Network; Custom Drones; FYT Jeans; NewTech - Serviços médico-tecnológico; FabricsExchange – Plataforma de sourcing para a indústria têxtil; Dflow; NeuroPsyCAD; InstaSports; Jesbee; Tic Tac Ticket; Black Box for Road Vehicles; e ParqNgo.

Say U Consulting ‘ensina’ comunicação às startup’s

 

A consultora vai percorrer o país com a Rota COMM para StartUPs e Empreendedores, um workshop pensado para potenciar a comunicação de startups e de projectos de empreendedorismo.


A Consultora de Marketing de Comunicação Say U Consulting, vai desenvolver a ‘Rota COMM para StartUPs e Empreendedores, “um conjunto de workshops orientados aos desafios da comunicação numa startup. Como lidar com os desafios da comunicação no contexto de uma startup e como criar buzz à volta de um produto ou serviço sem gastar uma fortuna é a resposta que a ‘Rota Comm para StartUPs e Empreendedores’ pretende dar”, conforme avança a empresa em comunicado. Esta iniciativa procura “colmatar uma lacuna na oferta formativa nacional e dotar empreendedores, gestores de startups e profissionais de comunicação que se pretendam especializar neste nicho, de ferramentas que ajudem a contar histórias”.

Para Marta Gonçalves, Managing Partner da Say U Consulting, “foi no decorrer da nossa relação com a Associação Acredita Portugal e com os candidatos e vencedores dos Concursos de Empreendedorismo, que concebemos a ‘GO360’ – uma metodologia desenvolvida para ser aplicada à concepção das estratégias de comunicação de negócios startup. Nestas interacções repetimos vezes sem conta que uma estratégia de comunicação bem delineada é um componente chave do marketing de qualquer startup, uma vez que as acções certas ajudam à descodificação do produto ou do serviço, a construir reputação, confiança e credibilidade, e sedimentam um interesse sustentável, contribuindo para a longevidade das marcas. Nesta ‘Rota’, pretendemos ajudar a reflectir sobre como as marcas podem a contar a sua história, encontrar a voz própria, que faça de uma mensagem clara e simples algo de interessante e único”, reforça ainda.


“Apesar de os portugueses serem na União Europeia dos que mais arriscam em termos de empreendedorismo, Portugal tem uma das menores taxas de sobrevivência entre as empresas mais jovens. Tendo este cenário bem presente na nossa memória, procurámos disponibilizar uma oferta formativa que ajudasse a reflectir de forma prática sobre o que separa os grandes dos pequenos e o que determina o sucesso e, inversamente, o que leva ao insucesso. A comunicação, como vector chave de sucesso, é disso um bom exemplo”, concluiu.


A ‘Rota’, que arranca a 22 de Junho na cidade do Porto com o UPTEC, tem como objectivo “aproximar-se da realidade do empreendedorismo no terreno através de workshops realizados em centros de incubação espalhados pelo país e disponibilizar instrumentos para uma estratégia integrada de divulgação em momentos-chave tais como o ‘go-to-market’ ou a captação de novos mercados”, refere ainda o comunicado. Nesta primeira fase, para além do workshop ‘Bê-á-Bá da Comunicação para StartUPs e Empreendedores’ do Porto, estão já calendarizadas acções para Lisboa (LISPOLIS) a 30 de Junho, em Almada (MADAN Parque) a 7 de Julho, em Vila Nova de Gaia (INOVAGAIA) a 14 de Julho e Guimarães (Avepark) no dia 15 de Julho. A 15 de Setembro, a ‘Rota’ desce ao Sul para uma acção em Faro, com a ANJE.

sábado, 18 de junho de 2016

Empreendedorismo: as 5 maiores desculpas que atrapalham seu negócio

 

Empreendedor dá dicas para aqueles que desejam abrir sua própria empresa, mas está inseguro; veja o que ele ensina

 

Você sonha em ser um empreendedor de sucesso? Quando, finalmente, parece ter encontrado uma ideia de negócio, pensa sobre isso e, sem entender o porquê, acaba não conseguindo dar início? Você já se pegou pensando em ‘desculpinhas’ do tipo: “um empreendimento próprio pode ser arriscado?” e “tenho um trabalho tão seguro”? Tudo isso te soa familiar? Pois bem, fique atento: o mercado não tem espaço para fraqueza!
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Abaixo, o empreendedor Ravin Gandhi, CEO e cofundador da GMM Nonstick Coatings, lista alguns dos argumentos mais comuns que atrapalham os negócios para que você os elimine de uma vez por todas de sua cabeça e, claro, dê continuidade no seu sonho. As informações são do Entrepreneur.

1. "Não é a hora certa para empreender"
“Já vi pessoas que se tornaram empreendedores na adolescência e outros que começaram seu primeiro negócio aos 60. Aqui está um segredo: não existe um momento certo. Isso não existe. Você poderá se convencer a não começar por diversos motivos: falta de dinheiro, experiência, tempo, contatos, confiança, conhecimento... A lista vai embora! Meu conselho? Tenha fé que, agora, é a hora perfeita. Um ano ou dois anos depois, você verá que isso é verdade”.

2. "E se eu falhar?"
Empreendedores tendem a ser pessoas cheias de confiança. Tanto que não costumam se concentrar em chances de fracasso. “É fato que 80% dos negócios falham dentro dos primeiros 18 meses. Por isso, minha recomendação é que você abrace todas as possibilidades de falha. Por quê? Porque, se você falar, aprenderá alguma coisa valiosa para você mesmo, sobre negócios e sobre a vida. Poderá começar outro negócio, ou talvez perceber que empreendedorismo não é para você. Mas se você não tentar, simplesmente não saberá. E o medo de falhar não deveria nunca te parar: lembre-se de que pessoas à beira da morte normalmente se arrependem de coisas que não fizeram – não das coisas que fizeram”.

3. "Não economizei dinheiro suficiente"
Muitas pessoas que aspiram a começar um negócio são provedores familiares, não podendo ficar sem o ganha-pão do salário. “Se o seu caso for este, recomendo que, primeiramente, economize dinheiro suficiente para viver por 18 meses sem outra fonte – antes de iniciar os negócios. É a chamada ‘regra dos 18 meses’ que faz com que seja mais fácil largar um emprego assalariado”.

4. "As pessoas não me veem como um empreendedor"
Primeiramente, como um potencial empreendedor, você deve ignorar o que outros pensam sobre você, uma vez que sempre haverá os ‘céticos’. Evite estas pessoas se você puder. E mais importante é que você dê um salto e inicie seus negócios: você ficará impressionando em quão rápido estas mesmas pessoas mudam de opinião! Quando você for chefe, será visto como um líder apesar do fato de já ter sido um gerente comum...

5. "Isso parece tão difícil..."
Você está certo. Começar um negócio é muito difícil. Talvez seja uma das coisas mais difíceis que você fará em sua vida toda: perderá sono, brigará com seu cônjuge, terá menos tempo para seus filhos e, potencialmente, perderá dinheiro. Já te assustei? Espero que sim. Porque, se você não tiver pronto para ‘sujar as mãos’, não poderá nem começar a pensar em começar um negócio. Se ser empreendedor fosse fácil, todo mundo seria. “Meu conselho é ser muito honesto com você mesmo e, se você souber profundamente que será capaz de fazer isso, então dê um salto e faça seu trabalho”.

Obama convida Portugal para cimeira 

 

Delegação portuguesa participa em cimeira do empreendedorismo organizada pelo Presidente dos Estados Unidos

João RamosJoão Vasconcelos, secretário de Estado da Indústria, foi convidado pela Casa Branca a participar na 7ª edição da Global Entrepreneurship Summit (GES), um evento de empreendedorismo que decorre de 22 a 24 de junho na Universidade de Stanford, na Califórnia.

Da comitiva portuguesa que estará presente no coração do Silicon Valley fazem parte também os líderes de duas startups portuguesas, a NuRise e a D-Orbit.

O ponto alto da cimeira será a mesa redonda organizada pelo governo dos Estados Unidos, no qual participará João Vasconcelos e um grupo restrito de governantes de alguns países (a Europa terá apenas quatro representantes) envolvidos na implementação de estratégias de empreendedorismo.

Os convites da Casa Branca foram feitos por carta aos governantes que tenham “currículo na promoção do empreendedorismo“, que “tenham planos concretos para apoiar o ecossistema empreendedor no seu país” e também que tenham “disponibilidade para anunciar um novo programa governamental destinado a apoiar esse ecossistema”. Há cerca de duas semanas o Governo português apresentou a Startup Portugal, a estratégia nacional de empreendedorismo.

700 empreendedores
Organizada pelo Presidente Barack Obama, esta cimeira está subordinada ao desígnio “criar condições para que os empreendedores de todo o mundo tenham os recursos e redes necessárias para que possam mudar o planeta”.

Em edições anteriores, a Global Entrepreneurship Summit tinha decorrido na Turquia, Emirados Árabes Unidos, Malásia, Marrocos e Quénia.

De regresso aos Estados Unidos, esta edição de 2016 conta com mais de 700 empreendedores, provenientes de 170 países. Os sectores mais representados são as tecnologias de informação, educação, saúde e energia. Participam também 300 investidores, na maioria capitais de risco e aceleradoras, provenientes de 65 países.

As duas empresas portuguesas presentes na Global Entrepreneurship Summit são da área da saúde e do aeroespacial. A NuRise desenvolveu detetores de radiação na área da medicina e do combate ao cancro. E a D-Orbit PT criou um software de controlo de satélites em final de vida.

Portugal junta-se aos 48 países presentes na Organização de Empreendedores

 

A Organização de Empreendedores (EO) tem 12 mil membros e 157 comunidades, em 48 países. Portugal vai entrar e lançar a EO Portugal, que arranca com 16 empreendedores.

Portugal já está presente na Organização de Empreendedores (EO), uma rede internacional que junta 12.000 empreendedores de 48 países, todos eles fundadores ou cofundadores de empresas com faturação superior a um milhão de euros ou com rondas de financiamento recentes acima dos dois milhões de euros. Em Portugal, a rede agora criada conta com 16 membros, entre os quais Miguel Santo Amaro, cofundador da Uniplaces, José Pires, diretor geral da Krautli Portugal, e Pedro Janela, cofundador e CEO do WYgroup.

"O objetivo principal ao criar o Chapter português é em primeiro lugar trazer para Portugal o acesso a uma rede de empreendedores que conta já com 12.000 membros em todo o mundo, espalhados por 150 Chapters [redes locais] (…). O simples facto de Portugal não estar na lista, com o crescimento do empreendedorismo [no país,] era razão suficiente para criar esta associação em Portugal”, explica Pedro Janela ao Observador, em resposta enviada por escrito.

Países como Espanha, Irlanda, Reino Unido, Alemanha e Bélgica, por exemplo, já se tinham associado à Organização de Empreendedores (EO). Com a criação de uma rede portuguesa, estes 16 empreendedores apostam sobretudo na “criação de pontes” entre empreendedores com empresas maduras nacionais e internacionais, com vista ao “crescimento das exportações” do país.

"As linhas de ação têm sobretudo a ver com o crescimento das exportações [nacionais] pela criação de pontes globais entre empreendedores. Com o crescimento pela aprendizagem das organizações lideradas por estes empreendedores, com o crescimento pessoal de cada empreendedor enquanto líder de uma empresa que gera um impacto considerável na economia e na sociedade. (…) Este crescimento é essencial para termos melhores empreendedores com visão global em Portugal”, afirma o membro da EO Portugal.

“Queremos ter 150 membros”

O lançamento desta associação nacional de “empreendedores com empresas maduras” será feito na próxima segunda-feira, na Universidade Católica, em conferência a que o Observador se associou. No evento, estará presente o chairman da Organização de Empreendedores (EO), Gilberto Crombé, o cofundador da Trivago, Rolf Schromgens, e o empreendedor Peter Sage, fundador de grupos como a World Wide Health Corporation (WWH) e o Energie Fitness Group, entre outros. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas aqui.

A Organização de Empreendedores (EO) é uma organização fundada em 1987, nos Estados Unidos, que tem como missão “ligar empreendedores líderes” em vários países para promover “a aprendizagem e o crescimento” nas suas organizações. Tem 12 mil membros, espalhados por 48 países. Como explica Pedro Janela, “a EO nasceu nos Estados Unidos, onde, desde sempre, a colaboração e criação de redes são um fator fundamental no desenvolvimento de qualquer negócio.”

"É essa a visão que temos para a EO Portugal. Os negócios precisam de pontes, redes e confiança e a EO é uma forma de construir todos eles. (…) Queremos ter, nos próximos dois anos, 150 membros do Chapter Português, que é o número que por exemplo Amesterdão tem. A dimensão a a escala são importantíssimas para que a EO Portugal faça a diferença. Em especial em empresas de cariz exportador”, sublinha Pedro Janela, que explica ainda que “a aceitação de novos membros carece de um convite pelos atuais membros, nacionais ou internacionais, além do preenchimento dos requisitos mínimos” impostos pela organização.

O futuro poderá passar pela criação da EO Lisboa e da EO Porto, acrescenta o responsável. “Mas para isso teremos de ter escala. Por agora queremos dar a conhecer o projeto, os benefícios e a nossa missão e, à medida que mais empreendedores se forem juntando, tomar a decisão de ter dois chapters [duas redes locais] ou mais”, afirma.

 

terça-feira, 14 de junho de 2016

Concurso Empreender e Inovar na UE alargado até ao final do mês

 

O desafio foi lançado aos estudantes do distrito e foi aceite por um vasto leque de instituições que abarcou universidades, institutos politécnicos e escolas profissionais que apresentaram os seus projectos ao Concurso Empreender e Inovar (CEI) na União Europeia.
Os alunos foram convidados a gerar ideias inovadoras para o CEI que vai distinguir e premiar as melhores propostas e estimular a criação de novas empresas.

O público-alvo são os estudantes de ensino secundário ou profissional, ensino superior ou membros de Clubes Europeus, residentes nas NUTS do Cávado (Esposende, Barcelos, Braga, Vila Verde, Amares e Terras de Bouro) e do Ave (Vila Nova de Famalicão, Guimarães, Vizela, Póvoa de Lanhoso, Fafe, Vieira do Minho, Cabeceiras de Basto e Mondim de Basto). Também poderam concorrer estudantes não residentes nas referidas localidades, desde que estudem nesta área geográfica.

Com êxito já garantido, a data limite para o envio de candidaturas foi alargada até 30 de Junho para que os jovens tenham mais tempo para apresentar os seus projectos.
 

O CEI é uma iniciativa conjunta do jornal Correio do Minho, da rádio Antena Minho, do Centro de Informação Europe Direct de Barcelos (CIED Barcelos) e do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA), que o eurodeputado José Manuel Fernandes apadrinha e três empresas apoiam: Primavera BSS (Braga). a Porminho (Vila Nova de Famalicão) e a Pizarro SA. (Guimarães).
 

Para Alzira Costa, coordenadora do Centro de Informação Europe Direct de Barcelos (CIED Barcelos), “o concurso está a ser um êxito, na medida em que foram apresentadas 28 candidaturas que vão ao encontro dos objectivos deste concurso. As candidaturas apresentadas foram de encontro aos objectivos pré-definidos, designadamente “o de fomentar a capacidade de identificação de problemas do meio circundante e de gerar ideias criativas e inovadoras com capacidades para configurar novas soluções na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos”.  

A coordenadora do CIED Barcelos realçou a abrangência das candidaturas e a diversidade temática. “Não temos um padrão dos projectos, mas uma grande diversidade em termos de temáticas, onde podemos verificar inovação e criatividade nas soluções apresentadas”.
Cerca de 60 por cento das candidaturas submetidas à avaliação do júri deste concurso foram desenvolvidas individualmente e os restantes 40 por cento foram desenvolvidos em grupo, com o máximo de 3 elementos, tal como prevê o regulamento.

Em termos de localidades, Braga, Guimarães e Vila Nova de Famalicão são as cidades com maior número de candidaturas apresentadas. O eurodeputado José Manuel Fernandes, que desde a primeira hora aceitou apadrinhar este concurso, receberá no Parlamento Europeu os melhores projectos de inovação e empreendedorismo, que ajudará a promover e divulgar.

Para o eurodeputado “este prémio resulta do meu compromisso de proximidade com o território. Nós temos capacidade, somos um território onde temos a força da natureza, mas onde também temos conhecimento, grandes instituições, jovens que podem ajudar aos objectivos que eu defini: emprego, empresas e empreendedorismo”, salientando a importância da inovação no mundo global. “Neste mundo global só poderemos competir com investigação, inovação, estando na linha da frente, com aposta nas qualificações e nunca será com mão-de-obra barata que conseguiremos estar na dianteira”, referiu.

“A União tem como grandes adeptos os jovens. São aqueles que estão mais apretrechados para a globalização, outros chamam-lhe a mundialização que nem sempre é bem compreendida e interpretada. A mobilidade das ideias e do conhecimento também é importante e acontece a uma grande velocidade”.
Os projectos finais deverão ser entregues até ao próximo dia 30 de Junho, no jornal ‘Correio do Minho’, em Braga ou no Centro de Informação Europe Direct de Barcelos, no Campus do Instituto Politécnico do Cávado e Ave, em Vila Frescaínha S. Martinho, Barcelos.

"Temos de apostar no ensino profissional"

 

O presidente-executivo da Egor, Amândio da Fonseca, defende que é necessário apostar no ensino profissional para combater o desemprego jovem.


Acha que as empresas vão ter de se habituar ao envelhecimento da população? Estamos numa fase de declínio demográfico. Que impacto vai ter no mercado de trabalho?

Vai ter um impacto muito importante. Repare, tivemos a fase dos yuppies. São vagas culturais. Na fase yuppie, quanto mais jovens melhor. Essa fase já foi ultrapassada. Em alguns casos até com maus resultados, como vemos no mercado de trabalho e em alguns casos mediáticos. Casos da banca, casos noutras empresas. Houve uma normalização deste fluxo e hoje as empresas começam a perceber, até porque nós, empresas de recrutamento, fazemos um esforço muito grande de valorizar essas pessoas. A situação inverteu-se e está a inverter até porque com a emigração, o recurso a pessoas mais jovens também diminuiu significativamente. As sociedades evoluem em fluxos e, portanto, houve a época em que as pessoas estavam em baixo e agora estas pessoas começam a ter alternativas de emprego. É evidente que depende do seu perfil, do sector onde estão, do tipo de ajustamento que essas pessoas forem capazes de fazer.

O empreendedorismo é uma solução ou uma moda passageira?

Diria que é as duas coisas. É moda porque o empreendedorismo surge como uma forma de motivação dos jovens e de criar projectos de empregabilidade. Há uns anos, apontavam as estatísticas, sabíamos que por cada cinco projectos de empreendedorismo apenas dois vingavam e os outros desapareciam. Hoje, a grande maioria dos projectos de empreendedorismo está a surgir na área dos IT. E está a aumentar significativamente o número de projectos de empreendedorismo com sucesso. Para esses, o empreendedorismo é realmente uma solução. Por outro lado, surgiram negócios realmente incríveis, de uma criatividade enorme, e que estimularam as pessoas.

Do ponto de vista do empregador, é algo que se valorize no currículo mesmo que o projecto tenha corrido mal?

É importantíssimo. Uma empresa com uma cultura de gestão normal, já não diria de alto nível, quer pessoas que tomem decisões, que sejam empreendedoras, que façam as coisas acontecer. Costumo dizer que há três tipos de pessoas na vida: as que fazem acontecer, as que veem acontecer e as que não veem nem fazem. Estas últimas são pessoas que entraram prematuramente na fase de declínio. As empresas querem pessoas que façam acontecer.

Um jovem que lance uma empresa ou um projecto que corre mal. Em Portugal há muito aquela tendência para recear o falhanço. É algo que prejudique o currículo de um jovem?

Para muitas pessoas, sim. Ao contrário da cultura americana, que se eu não tenho dois, ou três ou quatro fracassos, não presto, não sirvo, porque não aprendi os mecanismos da frustração, da resiliência e de lidar com as dificuldades, em Portugal já se deu mais importância a essa questão do que hoje. Até pela escassez de recursos qualificados. Temos uma grande escassez de pessoas qualificadas. Hoje recrutar é difícil.

É uma escassez porque essas pessoas estão a ir para fora?

Nós procuramos sobretudo pessoas qualificadas porque é o que as empresas nos pedem. Muitas foram para fora, houve uma massa muito grande de pessoas, cerca de 200 mil ou 300 mil pessoas que foram para fora, muitas delas qualificadas. Muitas delas foram para fora porque a economia não tinha possibilidade de as absorver. Formámos cinco ou seis milhares de enfermeiros todos os anos e o mercado só absorve dois ou três mil. O que vão fazer estas pessoas? Têm de ir para fora.

Do seu ponto de vista, o que podia ser feito, que medidas podiam ser tomadas, ou alguns obstáculos que pudessem ser ultrapassados para conseguir combater o desemprego em Portugal?

Eu diria que temos de apostar no ensino profissional. Essa tem sido uma das áreas onde, naquela fase da licenciatura, em que todos queriam ter uma licenciatura, as pessoas não iam para ao ensino profissional e não colmatavam uma lacuna. Foi provavelmente o maior erro da revolução, acabar com os cursos intermédios, os cursos industriais e os cursos comerciais. Esse foi provavelmente um dos grandes erros que foram cometidos. O ensino profissional não era considerado muito interessante, em termos de estatuto, em termos de imagem. Essa situação só se modificou quando as pessoas em massa começaram a verificar que tinha o licenciado em casa desempregado e o vizinho do lado tinha um filho com o 11º ou o 12º ano, mas que tinha terminado um curso de electricista ou de canalizador, e estava empregado, tinha carro e vivia bem. Isso provocou, em termos colectivos, um sentimento de que o curso profissional cria muito mais oportunidades de emprego quer cá quer fora. Hoje, uma pessoa com o 12º ano para emigrar vai fazer o quê? França e toda a Europa está cheia de pessoas deste tipo que não tem lugar.

Há estatísticas que demonstram que, apesar de tudo, os licenciados vivem melhor do que os não licenciados…

Obviamente que sim. A licenciatura é essencial. Agora, a questão é da escolha da licenciatura. Esta escolha não pode ser apenas feita pelo coração. A orientação vocacional, que é um dos defeitos que temos no nosso ensino, não há orientação vocacional, deve ensinar um jovem a ponderar ‘ok, eu gostava muito disto mas qual é o mercado de trabalho, tenho emprego ou não tenho emprego nesta profissão?’.

Os incentivos às empresas para contratarem, nomeadamente mão-de-obra mais jovem, devem continuar, devem ser aprofundados, ou não?

Acho que sim. Não tenho números. Provavelmente o ministério terá. Mas uma grande percentagem das pessoas que fazem este tipo de estágio consegue ficar nas respectivas empresas. No mercado de emprego, a partir do momento em que apresentam uma experiência, que apresentam referências, tem uma vantagem significativa relativamente a outras pessoas. Na Egor, devemos ter dez ou 12 pessoas que entraram por essa via. São jovens que saíram da faculdade de psicologia, e desse género, e que entraram, começaram a trabalhar e que ao fim do período de estágio passaram ao quadro porque foram selecionadas. Vimos que eram pessoas que nos interessavam e portanto considero que é uma medida muito positiva. Receio é que em termos financeiros, o investimento que está a ser canalizado para essa área tenha vindo a diminuir na medida em que cada vez mais é difícil obter autorização do Instituto do Emprego e Formação Profissional para assumir esses estágios profissionais.

De onde vem o interesse lá fora pelos trabalhadores portugueses? Quais são os países que neste momento estão a recrutar em Portugal e para onde?

Os trabalhadores portugueses em todo o mundo são considerados trabalhadores exemplares. O que levanta um paradoxo terrível: por que é que cá temos a produtividade mais baixa da Europa e noutros países somos considerados modelos. Ou nas multinacionais que estão em Portugal, como a AutoEuropa, a Bosch, Siemens e outras multinacionais, onde os portugueses são considerados trabalhadores exemplares. Essa é uma componente ligada ao tipo de gestores que temos em muitas das nossas empresas, a baixa qualificação. Outra questão é porque realmente, neste momento, toda a Europa há falta de pessoas nessas áreas: há falta de enfermeiros, há falta de informáticos, há falta de designers, há falta de engenheiros. O português não só tem uma integração muito fácil em todos estes países e uma capacidade de adaptação muito grande, como na realidade temos escolas magníficas.

Relativamente a Portugal, qual a sua perspectiva de futuro? Falou que alguns investimentos estão a vir para o país. A sua perspectiva é que haja alguma melhoria mesmo com o crescimento esteja a diminuir ou não?

Teremos investimento selectivo. Aqueles investimentos muito grandes que empregavam centenas de pessoas dificilmente os teremos. O nosso mercado é um mercado pequeno e há um certo esgotamento. O que estamos a ter é realmente muitos investimentos em termos de grandes empresas que estão a mudar para Portugal as suas áreas de research e desenvolvimento, porque reconhecem que nós temos excelentes profissionais e que os custos dos nossos profissionais são muito mais baixos do que nos países de origem.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Mas, afinal, o que é isso das startups?

 

1. O que são startups?

E, já agora, scaleups? Procura-se no site do dicionário Priberam a palavra startup (lê-se stàrtâpe...) e fica-se a saber que se trata de uma “empresa ou negócio novo ou em fase de arranque”. Nos escossistemas de empreendedorismo, este anglicismo é associado a empresas inovadoras de grande potencial de crescimento. Por exemplo, não se chama startup a uma empresa que apenas quer abrir um café de bairro. Mas se o projeto for criar uma cadeia de cafés com um conceito inovador já podemos chamar-lhe startup. A maioria está associada à tecnologia digital, mas já existem startups noutras áreas de atividade. Quanto às scaleups, sobre elas o Priberam nada diz. É uma palavra menos ouvida em Portugal que é usada para definir as startups tecnológicas que já angariaram financiamento superior a €1 milhão.

2. As startups são a solução para o desemprego?

“As startups são a melhor solução para o desemprego.” A frase foi dita por João Vasconcelos, secretário de Estado da Indústria, ao “Jornal de Negócios” a 20 de maio. Mas o tema não é consensual. Por exemplo, numa recente entrevista ao “Sol” o deputado do Bloco de Esquerda José Soeiro, que escreveu um livro chamado “A Falácia do Empreendedorismo”, dizia que “com o empreendedorismo obtém-se o Bangladesh e não a Suécia”. Uma visão que parece confundir o simples autoemprego com a criação de empresas inovadoras de crescimento rápido. Os números falam por si: foi na Suécia que nasceu a Spotify, a mais valiosa startup europeia (avaliada em €5 mil milhões) e que já criou perto de 2 mil empregos. E no Reino Unido, o sector das fintech (tecnológicas financeiras) representou em 2015 um volume de negócios de €8,3 mil milhões, empregando 60 mil pessoas.

3. Como quer o Governo incentivar os empreendedores?

Esta semana foi lançada no Porto a Startup Portugal, a Estratégia Nacional de Empreendorismo composta por 15 medidas que visam apoiar os empresários que decidiram criar negócios inovadores. Além de reforçar os instrumentos de financiamento, o Governo cria um sistema fiscal favorável aos empreendedores: vão poder deduzir em sede de IRS até €100 mil investidos numa startup, além da revisão do regime de tributação das mais-valias obtidas através do investimento neste tipo de empresas. Será que vai dinamizar a economia? Para já não mexe nos números do PIB, mas pode dar origem a novas empresas que assumam grande dimensão daqui a poucos anos. E tem o efeito benéfico de atrair investimento estrangeiro e reter talento jovem que de outra forma iria emigrar.

4. Que outras iniciativas estão previstas?

Com esta nova estratégia, o Governo procura tornar Portugal num paraíso para as startups. Isto para que possa tirar partido da Web Summit, no início de novembro. Um megaevento que, durante três dias, torna Lisboa na meca do empreendedorismo mundial porque irá receber 50 mil pessoas de todo o mundo, entre os quais a nata dos investidores de capital de risco, líderes de tecnológicas e a imprensa mundial. Peça importante nesta estratégia foi o lançamento esta semana do Manifesto Português de Startups, uma espécie de magna carta onde estão elencados os desafios e as ações que o país tem que desenvolver para se tornar competitivo no sector. O documento constata que, entre 2010 e 2015, o ecossistema português criou 40 scaleups, que já captaram €146 milhões de capital de risco.

domingo, 12 de junho de 2016

Empreendedorismo e a transformação do mundo

"Os empreendedores têm sido absolutamente essenciais na transformação do mundo em que vivemos. Ao criarem novos negócios e novos mercados, tornam-se verdadeiros agentes de mudança da História".

Há cerca de 20 anos, tinha eu 14, a Internet ainda era uma novidade, algo muito primitivo comparando com os ‘standards’ atuais. E os computadores de que precisávamos para nos ligarmos online não só eram caríssimos como tinham menos capacidade que um ‘smartwatch’ moderno. Já na altura a Internet exercia um grande fascínio em mim e apercebi-me de que poderia ajudar as pessoas a comunicar, desenvolver o seu negócio e até mudar o mundo.

Comecei a construir ‘websites’ para empresas locais e, aos 16 anos, já tinha uma empresa em expansão com escritórios em vários países e uma lista de clientes impressionante. Embora os nossos resultados fossem muito bons, a minha principal motivação nunca foi a recompensa financeira.

Movia-me a grande curiosidade que tinha em relação à tecnologia, bem como a convicção de que a Internet iria mudar o mundo.

O rótulo "Empreendedor"

À medida que o negócio cresceu, chegou também o inevitável reconhecimento e cedo as pessoas começaram a escrever-me a propósito de eu ser um “empreendedor”, o que foi uma surpresa para mim já que – para ser franco – nem sequer sabia o que essa palavra queria dizer. Esta curiosidade conduziu-me ao que se tornaria um percurso de vida, não só ao nível do empreendedorismo, mas também da pesquisa do tópico para realmente compreender a sua essência. Tem sido uma viagem fantástica!

Mas o que faz com que alguém se torne empreendedor e não empresário? Isto pode parecer uma pergunta invulgar, mas é importante. Os académicos e os investigadores dedicam muito tempo a procurar definições, mas para mim a distinção, embora subtil, é clara. Um empresário é alguém que tem como objetivo fazer dinheiro com um produto ou serviço já existente, enquanto um empreendedor é alguém que usa a sua criatividade para construir uma organização em torno de uma visão nova e forte que visa mudar o mundo, quer do ponto de vista social quer cultural ou económico.
Falei com Sir Richard Branson, fundador do Grupo Virgin, que me disse: “O empreendedorismo implica assumir riscos, ir além do limite e não ter medo de falhar”. Uma visão partilhada por Jerry Yang, fundador do Yahoo!, que em conversa sublinhou: “O empreendedorismo significa encontrar uma missão comum e sólida para construir algo que tenha ‘impacto’ ou possa ‘mudar o mundo’”.

Agentes de mudanças globais

“Ter um propósito” ou querer mudar o mundo pode parecer uma ideia romântica, mas se olharmos para a nossa História vemos que um número considerável de avanços – dos telefones e da televisão às viagens aéreas ou automóveis – resultaram da seguinte conjugação de factores: um empreendedor teve uma ideia, adicionou-lhe visão e criatividade, e construiu uma organização.

Numa entrevista com Robin Li, fundador do Baidu, este disse-me que “os empreendedores têm sido absolutamente essenciais na transformação do mundo em que vivemos. Ao criarem novos negócios e novos mercados, tornam-se verdadeiros agentes de mudança da História. Isto tem acontecido ao longo de muitos séculos. Os empreendedores são os principais agentes de construção do futuro. O papel do empreendedor tem sido avaliar aquilo que as pessoas vão querer no futuro e mudar a forma como estas pensam e agem.  Eles são e continuarão a ser uma força vital na definição do mundo do futuro. Esta é uma grande responsabilidade…”.

Se eu comparar estas perspetivas com as dos gigantes no meu setor de atividade – a Internet – o resultado será semelhante.  Steve Case, fundador da AOL, um dia disse-me: “… agarrar numa ideia e torná-la disponível para todos, com escala e impacto, é uma grande motivação para os empreendedores. Há 30 anos, quando lançámos a AOL, apenas 3% das pessoas estavam online.

Achávamos que o mundo seria melhor se toda a gente estivesse online e lançámos mãos à obra.
“Levámos uma década para nos afirmarmos, sempre movidos pela ideia de que viver num mundo interligado e mais digital seria bom para a sociedade. A nossa motivação estava, em parte, ligada à ideia de construirmos o nosso próprio negócio, mas também à ideia de participar na construção deste novo meio de comunicação – a Internet”.

Eis a conclusão a que chego uma e outra vez: quanto mais aprofundo este tópico, mais simples ele se torna. Os empreendedores não são empresários; são artistas, cientistas, professores, desportistas e muito mais. A inovação corre-lhe nas veias e está a usá-la para mudar o mundo? Então é um empreendedor!

 

terça-feira, 7 de junho de 2016

Investir em startups vai ter regime fiscal mais favorável


Programa Startup Portugal quer ajudar a combater a elevada mortalidade das novas empresas, apoiando os jovens empresários no financiamento e internacionalização

Um novo sistema de vistos destinado a atrair quadros estrangeiros de empresas de base tecnológica e científica e a criação de um sistema fiscal "mais favorável" para os investidores das startups na sua fase inicial são algumas das medidas da Estratégia Nacional para o Empreendedorismo, ontem formalmente lançada, e que pretende ajudar o país "a conquistar o mundo".

O programa Startup Portugal consta de 15 medidas, distribuídas por três eixos - ecossistema, financiamento e internacionalização - e o objetivo não é tanto o de fomentar o empreendedorismo, até porque não falta disso no país, é sobretudo o de apoiar todas aqueles que já decidiram ser empreendedores, organizando, desbloqueando, promovendo a partilha de benefícios, as boas práticas e os recursos, diz o secretário de Estado da Indústria.

No que ao sistema fiscal diz respeito, o governo promete, entre outros, a possibilidade de deduzir em sede de IRS até 100 mil euros investidos numa startup, além da revisão do regime de tributação das mais-valias obtidas através do investimento neste tipo de empresas.

João Vasconcelos começou, precisamente, por lembrar que Portugal "é um país empreendedor" por natureza, com média de 3,4 novas empresas criadas por cada uma que foi encerrada em 2015. Mais importante, mais de metade do novo emprego que está a ser criado, diz, é por empresas com menos de cinco anos. O grande problema é a "elevada taxa de mortalidade" destas empresas, pelo que o governo considera que é fundamental "canalizar a sua energia" para o "apoio à sociedade civil que é empreendedora".

Criar uma rede nacional de incubadoras, que aglutine as mais de 60 estruturas deste tipo que existem em todo o país, alargar o simplex às startups, facilitando a sua relação com a administração pública, ou o desenvolvimento de medidas para um empreendedorismo "inclusivo e orientado para o emprego" são apenas algumas das medidas previstas no que ao ecossistema diz respeito. Já no pilar do financiamento, o governo vai alocar 10 milhões de euros para o startup voucher, que pretende apoiar projetos empreendedores na fase de ideia, com um cheque mensal de 691,70 euros durante um ano.

Uma iniciativa destinada a jovens até aos 35 anos, que podem viver em Portugal ou não. "É a melhor medida disponível para apoiar os jovens portugueses que emigraram e que gostariam de regressar e empreender em Portugal", diz João Vasconcelos.

Já o ministro da Economia lembrou que as startups vieram para ficar, até porque o crescimento económico "depende cada vez mais destas empresas". O primeiro-ministro destacou, por seu turno, que Portugal é "dos melhores países para se viver" e quer tornar-se, com esta nova estratégia, "o país mais atrativo e amigo do empreendedorismo na Europa".

António Costa quer que Portugal seja “o país mais amigo do empreendedorismo” da Europa

O primeiro-ministro quer fazer à escala nacional o que os municípios têm vindo a fazer no apoio ao empreendedorismo. E conseguir que Portugal seja um país "verdadeiramente startup".

 

António Costa quer transformar um “sonho” numa “ambição” e fazer de Portugal o “país mais acolhedor e amigo do empreendedorismo da Europa”. No encerramento do lançamento da Estratégia Nacional para o Empreendedorismo, o Startup Portugal, o primeiro-ministro reforçou que quer fazer “à escala nacional” o que os municípios têm vindo a fazer nos últimos anos e tornar Portugal “num país verdadeiramente startup“.

Afirmando que é possível que todas as entidades trabalhem em conjunto – Estado, autarquias e iniciativas privadas – numa “nova realidade económica da maior importância”, António Costa lembrou o momento em que lançou a Startup Lisboa juntamente com João Vasconcelos – atual secretário de Estado da Indústria – porque tinha visto “uma energia” que emergia na cidade e que era contrária ao “desemprego e à emigração que aumentava”. “Este movimento desenvolveu-se e proliferou por todo o país”, afirmou António Costa.

"Portugal pode ser o país da Europa mais empreendedor, não só pelas medidas que hoje apresentamos, mas porque nesta economia da inovação o fundamental é o talento”, afirmou o primeiro-ministro, acrescentando que Portugal tem hoje “a geração mais qualificada” de sempre, graças ao investimento feito nas últimas décadas no ensino. “Não nos podemos dar ao luxo de desperdiçar esta geração”, afirmou.

Alertando que é preciso atrair empresários e investidores para trabalhar em Portugal, porque o país “não é só bom para passar férias”, António Cosa afirmou que a economia digital fez com que a localização se tornasse cada vez menos um “fator relevante” na hora de lançar empresas. “Vamos fazer de Portugal um Portugal startup“, afirmou.

Manuel Caldeira Cabral, ministro da Economia, ressalvou que o crescimento económico está cada vez mais dependente das “empresas pequenas que se fazem grandes” e que o Governo não está a inventar as startups e o empreendedorismo, mas a colocar empresas, universidades e o Estado a trabalharem juntos.

"As startups estão cá para ficar e este Governo está cá para as apoiar”, afirmou o ministro da Economia.

Afirmando que Portugal é um dos melhores sítios para lançar uma startup, o ministro da Economia acrescentou que o Startup Portugal não quer dar apenas “boas condições” aos portugueses, mas permitir que “os empreendedores internacionais venham para cá”.

quarta-feira, 1 de junho de 2016

The Europas: Empreendedores portugueses nomeados em várias categorias
  
Em meados de Junho decorre em Londres a conferência “The Europas Conference & Awards”. E há vários portugueses nomeados: desde a Beta-i, passando pela Unbabel e Farfetch.
Para os aficionados do futebol, 14 de Junho é um dia importante. Nessa data, realiza-se o primeiro jogo de Portugal no Euro 2016. Mas no mundo do empreendedorismo, as atenções dos portuguesas não vão estar voltadas para França mas sim para Inglaterra.

Em Londres, realiza-se a "The Europas Conference & Awards", um evento que se vai realizar em parceria com a Techcrunch. Além do leque de oradores e investidores que vão marcar presença, há vários portugueses nomeados nas várias categorias presentes.

No que diz respeito a aceleradoras, a Beta-i está nomeada para a categoria de melhor aceleradora. E na categoria de melhor start-up tecnológica na área de moda duas empresas portuguesas marcam presença: a Chic-by-Choice e a Farfetch.

Olhando para os melhores fundadores deste tipo de empresas, Carlos Silva e Jeff Lynn, impulsionadores da Seedrs, consta da lista de melhores fundadores de start-ups. Na categoria de start-up com crescimento mais acelerado, a Unbabel marca presença.

As votações estão já abertas.

The Europas – um evento diferente
Mike Butcher, fundador deste evento, explica num artigo publicado há dias no Techcrunch, que este evento vai assumir características diferentes das de outras iniciativas do género.

Essas diferenças pautam-se nomeadamente pelo número de pessoas que vão participar – serão entre 800 a 1000, a maioria das quais vai atender ao evento por convite. Não vão existir salas "Vip", sendo assim possível interagir com os oradores. Além disso, o evento não vai ser transmitido em streaming e vai contar com pequenas sessões em que vão participar os principais oradores.